História da Paraíba: Primórdios da
História da Paraíba
Introdução
Apossado o Brasil pelo estado português, as terras
hoje paraibanas foram nas primeiras décadas do século XV afloradas por
elementos interessados no comércio de Pau-brasil. Em 1534, constatou a
metrópole que somente o povoamento e colonização de seus domínios americanos
lhes dariam rendimentos e evitariam a perda dessas posses territoriais
para outras potencias europeias. Portugal então, implanta a sua primeira
política territorial na América, instituindo o sistema de capitanias
hereditárias.
Do rio santa Cruz (Igaraçu/hoje PE) até a baía da
traição, recortou-se a capitanias de Itamaracá, doada a Pero Lopes de Souza.
Entra 1537, quando o donatário tomou posse, e a década de 70, quando
verdadeiramente se inicia a real conquista da Paraíba, o território teve vários
administradores, mas permaneceu uma área pouco cuidada por parte da metrópole,
sendo constantes os confrontos entre a população nativa (Potiguaras, no litoral
sul) e os portugueses ali instalados.
Essa situação de abandono facilitava o hominizio de elementos infratores, fugidos da vizinha capitania de Pernambuco, ensejando instabilidade e insegurança e ameaçando o projeto de colonização, que nessa ultima capitania em desenvolvimento com boas perspectivas.
Essa situação de abandono facilitava o hominizio de elementos infratores, fugidos da vizinha capitania de Pernambuco, ensejando instabilidade e insegurança e ameaçando o projeto de colonização, que nessa ultima capitania em desenvolvimento com boas perspectivas.
Razão pela qual o território foi desmembrado de
Itamaracá, com a criação da capitania real da Paraíba por decreto lei em 1574,
redefinindo seus limites ao sul pelo rio Abiaí e mantendo-se os seus limites ao
norte nas cercarias da Baía da Traição. Foram necessários onze anos e
inúmeras expedições irradiadas a partir do governo geral instalado na Bahia,
até que se incorporasse o território paraibano a coroa lusa, com a fundação em
1585 da cidade de Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa.
A conquista foi sangrenta devido a resistência oferecida pelos indígenas, notavelmente oferecida pelos Potiguaras, articulados com os franceses que frequentavam a costa paraibana traficando pau- brasil, madeira na qual o território tinha em abundancia. (GODOY, Estrutura de poder na Paraíba,p.19/20)
A conquista foi sangrenta devido a resistência oferecida pelos indígenas, notavelmente oferecida pelos Potiguaras, articulados com os franceses que frequentavam a costa paraibana traficando pau- brasil, madeira na qual o território tinha em abundancia. (GODOY, Estrutura de poder na Paraíba,p.19/20)
Origens da Paraíba
A vinculação paraibana a Itamaracá, data de 1534, a
partir da instituição Portuguesa do sistema de capitanias hereditárias . Esse
tempo de colonização por Portugal se deu de forma muito difícil, além de se
defrontar com uma quantidade de terra imensa, depararam- se com a resistência
indígena e a incomoda presença dos Franceses que estavam em nossa costa
traficando pau- brasil.
A história da Paraíba esteve bastante vinculada a
Pernambuco e Itamaracá, ela principiou no vale do rio Tracunhahém, que
pertencia a Itamaracá, onde hoje esta localizada a cidade de Goiana em
Pernambuco. Deu-se por ali em 1574: A filha de um cacique potiguara chamado
Iniguaçu ( Relatos contam que a filha do cacique potiguara era dotada de beleza
incandescente e tinha apenas quinze anos de idade) transitava livremente pela
região, quando foi capturada e arrebatada por um mameluco da Serra da Copaoba.
A beleza da índia fascinou o proprietário de engenho Diogo Dias( proprietário
de um engenho da região) que decidiu ficar com a jovem e interessante
indiazinha...
Em contrapartida, os indígenas potiguaras
insuflados pelos franceses caíram sobre o engenho de Diogo Dias massacrando
todos seus habitantes com a exceção de irmão de Diogo, porém o massacre
não ocorreu apenas no engenho de Dias, ele se estendeu por todos os engenhos da
região...estimasse que morreram mais de 600 pessoas no Vale do Tracunhahém.
O
pânico tomou conta das autoridades de portuguesas que estavam em Olinda,
receosas que as manifestações se estendessem a Pernambuco, foi criada a
Capitania Real da Paraíba, com o interesse de conter as revoltas silvícolas do
seu próprio território. Além do motivo citado, era de interesse dos portugueses
povoar o Norte do Nordeste, superando o obstáculo existente na Paraíba, tanto é
que após a Real Ocupação da Paraíba em 1585, logo seriam ocupados o Rio Grande
do Norte em 1598 e posteriormente o Ceará em 1612.
Entre a criação da capitania em 1574, e sua real
ocupação em 1585, passaram-se onze anos de tentativas sem êxito . Primeiramente
com Fernão Silva, em 1575, essa que foi tão valentemente rechaçada pela indiada
que seus integrantes fugiram pela costa em direção a Itamaracá, donde
dirigir-se-iam rumo a Bahia, sede do governo geral. Posteriormente em uma
segunda tentativa em 1579 também mal lograda com o comando de João Tavares (que
posteriormente voltaria em 1585 com campanha vitoriosa).
Porém em sua ofensiva
de 1579, João acabou por voltar fugindo para Olinda. Em uma terceira
tentativa em 1580/82, verificou-se a presença de Frutuoso Barbosa (Comerciante
Português), ganhador do título de capitão mor e foral, para usufruto da terra.
Barbosa iniciou sua ofensiva em 1580, porém teve seus barcos dispersados por
tempestades e dessa forma não conseguiu chegar a Paraíba, depois conseguiria
chegar ao território de combate em 1582, onde como primeira ação, erigiu um
pequeno fortim na ilha da restinga, próximo a embocadura do Paraíba. Os índios
porém não se renderam invadiram o fortim de Frutuoso Barbosa e os expulsaram da
capitania, no campo de lua Frutuoso Barbosa deixou morto um filho legítimo.
Em 1584, as lutas pela Paraíba registraram a
participação dos espanhóis devido a União Ibérica. Entre esses é imprescindível
citar os nomes do almirante Diogo Flores e do Alcaide Francisco Castejon.
Diogo Flores que comandou a armada e que veio combater os franceses no mar e fechar a
embocadura do rio Paraíba, Castejon encarregou-se do comando de baluarte,
erguido nas proximidades do estuário do rio da guia, afluente do Paraíba . O
fortim, batizado de São Felipe e São Thiago, ensejou a denominação de Forte
Velho para localidade, hoje convertida a centro de turismo.
Porém não foi nesse
momento que a resistência indígena seria findada,(O forte foi erigido em local
inadequado e se viu cercado em campo aberto pelos potiguaras) as desavenças
entre o português Frutuoso Barbosa e Francisco Castejon se acentuaram chegando
ao ponto de se tornar insustentável. Castejon botou fogo no forte e jogou sua
artilharia ao mar, fugindo para Olinda, onde foi preso e julgado por Martim Leitão.
Finalmente em 1585, iniciar-se-ia a real ocupação
da Paraíba, Martim Leitão organizou a expedição para conquista, chefiada
militarmente por João Tavares, que partiu de Olinda com uma caravana com
aproximadamente 1000 homens a cavalo e a pé, entre escravos, índios e soldados.
É importantíssimo salientar que essa expedição só voltou vitoriosa devido a
divisão do campo indígena.
Grupos Indígenas no Litoral:
· TABAJARAS - Os tabajaras vieram chefiados
pelo cacique Piragibe (braço/espinha de peixe), viviam na Bahia, margeando o Rio
São Francisco e seus afluentes, onde auxiliaram os portugueses em algumas
ofensivas, foram vítimas da cilada de reinós, ao que fugindo alcançaram os
afluentes do rio Paraíba na altura da cidade de Monteiro, a partir desse
momento desceram o Paraíba rumo ao litoral onde acabaram por formar uma aliança
com os portugueses contra os nativos da terra, os potiguaras.
· POTUGUARAS - A tribo indígena dos potiguaras eram
os verdadeiros nativos da terra, vale a pena ressaltar, eles eram completamente
contra o domínio dos colonizadores, foram responsáveis pelo massacre do
Tracunhahém e principalmente pela resistência oferecida entre a criação da
capitania real da Paraíba (1574) e sua real ocupação em 1585.
Como acima descrito, a expedição comandada
militarmente por João Tavares só conseguiu êxito devido a divisão do campo
indígena...Novamente viria a tona o pensamento de “Dividir para reinar”, Os
colonizadores se utilizaram da diferenças étnicas entre as tribos nativas para
as jogar umas contra as outras, tal acontecimento não ocorrerá apenas uma vez
na história da Paraíba, no decorrer de nossos estudos encontraremos novamente a
confirmação desse pensamento imperialista.
A verdade é que os portugueses não conseguiriam a
real ocupação da Paraíba sem a ajuda da tribo indígena Tabajara, essa que
mercenariamente se vendeu aos portugueses aceitando sua dominação e passaram a
lutar contra seus irmãos potiguaras. Os potiguaras consideravam os Tabajaras
Panema ou seja fracos, mais coube a João Tavares se utilizar da “fraqueza”
tabajara contra a resistência potiguara.
O resultado dessa aliança entre
portugueses e tabajaras, resultou no início da ocupação real da Paraíba, com os
valentes potiguaras sendo derrotados. O principal responsável por essa tarefa
foi Feliciano Coelho de Carvalho,capitão mor da Paraíba ( 1592/1600), junto a
proprietários como Diogo Gomes da Silveira e dos próprios tabajaras. Na zona
hoje ocupada pelos municípios de Caiçara, Serra Raiz, Pirituba, Duas estradas,
Belém, a violência funcionou em níveis elevadíssimos embora resistissem sobre a
liderança dos caiques Pao-Seco e Zorobabé, muitos migraram para o Rio Grande do
Norte, daí a denominação de “terra Potiguar” no contato com os colonizadores
milhares de índios foram dizimados por doenças trazidas pelos homens
brancos...Essas como Varíola, Sarampo, Bexiga e Sífilis.
A organização social dos potiguaras fundamentava-
se na propriedade comunal de terras, da qual faziam a sua bebida fermentada, o
cauim, farinha, milho, feijão, inhame, batata. Utilizava-se da coivara(
queimada).
Faziam a antropofagia( sacrificavam seus inimigos),
porem não praticavam canibalismo, acreditavam em um deus criador de todas as
coisa, o paidzu. Aceitavam a gerontocracia ( autoridade dos mais velhos),
tinham uma família matrilinear( descendência estabelecida pela mulher).
Em 1599, Feliciano coelho impôs a paz pela força
aos potiguaras . bem parecido com o que ocorreu com os tabajaras, esses índios
ficaram agrupados em aldeias militarmente fiscalizadas pela coroa, com o andar
da carruagem da história esses índios perderiam pouco a pouco a sua identidade
cultural. ATUALMENTE, na Baía da Traição foi iniciado um projeto que tenta
resgatar a cultura indígena dos descendentes dos bravos potiguaras, esta sendo
feito um projeto que coloca alunos em sala de aula para aprender o Tupi
Guarani, língua original dos indígenas aqui estabelecidos.
Povoado de Nossa
Senhora das Neves
Por escolha de Martim Leitão e, João Tavares e
Frutuoso Barbosa que percorreram a planície situada entre o o oceano Atlântico
e o Rio Paraíba, a nova cidade foi edificada a partir de 4 de novembro de 1585
na parte mais alta da colina, a reduzida distancia do rio intitulada de Povoado
de Nossa Senhora das Neves, posteriormente essa denominação foi alterada para
Cidade de Nossa Senhora das Neves, depois Felipéia de Nossa Senhora das Neves,
durante o domínio Holandês, Frederica de Nossa Senhora das Neves, quando acaba
o domínio Holandês Felipéia de Nossa senhora das Neves e por fim em 1930 João
Pessoa em homenagem ao presidente assassinado.
A localização da cidade situada na parte mais alta
da colina, visava assegurar-lhe a defesa e a próxima localização do rio
possibilitaria, através desse a exportação de produtos que viriam a ser
elaborados ou encontrados. (âmbar, madeiras, algodão,...) a capitania
integraria o sistema econômico mercantilista, sua capital por tratar-se de sede
da capitania real desconheceu o estágio de vila, já nascendo como cidade.
A elevada quantidade de água, pedra e cal
favoreceram as primeiras edificações, quase todas religiosas: a capela de Nossa
Senhora das Neves, Igreja Barroca de São Francisco, Mosteiro de são Bento,
Igreja/Convento de Nossa Senhora do Carmo.
Em sua história a capital da Paraíba, recebe
várias intitulações diferentes, cada uma dessa é decorrente de acontecimentos
históricos em que a capital estava inserida. Conheça a sua sequência de
denominações.
· Povoado de Nossa senhora das Neves Encontrava-se
a formação da cidade com um contingente de pessoas relativamente pequeno.
· Cidade de Nossa Senhora das Neves A quantidade de pessoas que havia na cidade
em seus primórdios havia aumentado.
· Felipéia de Nossa senhora das Neves Decorrente da união Ibérica, onde a
denominação Felipéia se deu em homenagem a FelipeII
· Frederica de Nossa Senhora das Neves Decorrente do domínio holandês, onde a
denominação Frederica se deu em homenagem ao príncipe Frederico da casa de
Orange.
· Felipéia de Nossa Senhora das Neves Ocorre no momento que é findado o
Domínio holandês na Paraíba, onde após a expulsão dos holandeses na Paraíba a
cidade volta a se chamar Felipéia de N. S. das Neves.
· João Pessoa É decorrente do assassinato do ex-presidente da Paraíba João
Pessoa, tal assassinato influencia fortemente a revolução de 1930.
Fonte:
Fonte: http://www.algosobre.com.br/historia/historia-da-paraiba-primordios-da-historia-da-paraiba.html
Fonte: http://www.algosobre.com.br/historia/historia-da-paraiba-primordios-da-historia-da-paraiba.html
O Hino da Paraíba foi composto em 1905, com música de Abdon Felinto Milanez e letra de Francisco Aurélio de Figueiredo Melo, ambos nascidos no município de Areia, Paraíba. Executado pela primeira vez, em audição solene no Teatro Santa Rosa, em 1905, num fato de tamanha relevância histórica, é finalmente adotado como "Hino Oficial do Estado da Paraíba", expedido pelo Governador do Estado, Sr. Dorgival Terceiro Neto, através do Decreto N.º 7.957, de 02 de março de 1979.
Vídeo 01
Vídeo 02 Paraíba dos sonhos
Uma homenagem ao mais belo Estado da Federação...a PARAÍBA...aqui representada em algumas imagens de alguns pontos turísticos paraibanos e pela linda música de Genival Macêdo, MEU SUBLIME TORRÃO, e cantada pelo Conjunto NOSSO SAMBA. Essa música foi eleita o Hino do Carnaval Paraibano em 1981.
Paraiba, o Brasil se rende à sua beleza incontestável. Tú és forte, impávida...exuberantemente linda...
Eu tenho ORGULHO DE SER PARAIBANO!!!!!
Vídeo 03
Video 04
Terra linda rica com belezas que nao precisam de descrição as imagens já falam por si... Viva A PARAIBA VIVA João Pessoa Isso sim é cidade Maravilhosa de Verdade!!
Postado pelo profº Ellington Alexandre ( História e Geografia )
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